Circuito Janela do Céu: tudo sobre a trilha até o cartão-postal de Ibitipoca MG

Parque Estadual do Ibitipoca
Localizado no sudoeste de Minas Gerais, no município de Lima Duarte, especificamente em um distrito conhecido como Conceição do Ibitipoca, a Unidade de Conservação do Parque Estadual do Ibitipoca ocupa uma área de 1.488 hectares, sendo um dos parques mais visitados do Estado. Ao todo são três circuitos de visitação: Circuito Janela do Céu, Circuito das Águas e Circuito do Pião.

Aqui abordaremos um pouco mais sobre o Circuito Janela do Céu, o mais extenso e mais procurado pelos turistas entre os três.

Observação: há uma taxa de ingresso para adentrar a área no valor de R$20,00 (dias úteis) ou R$25,00 (sábados, domingos e feriados) e um limite diário de 1.000 visitantes e o horário de funcionamento é das 07:00 às 18:00hrs.

A trilha

Início da trilha à Janela do Céu – Parque Estadual do Ibitipoca, MG

O percurso até o cartão-postal do Parque Estadual do Ibitipoca não é dos mais fáceis, no total são em torno de 16km de caminhada (6 a 8 horas – depende do ritmo e o tempo de parada em cada atrativo) entre subidas e descidas para conhecer a tão cobiçada Janela do Céu, uma cascata de aproximadamente 30 metros de altura com vista para o horizonte e os vales da Serra do Ibitipoca.

Como o trajeto é longo, há paradas em grutas e cachoeiras e o horário de funcionamento do parque é das 7:00 às 18:00hrs, é aconselhável começar essa caminhada o mais cedo possível, para terminar antes do parque fechar e antes de escurecer.

Início do circuito
Uma primeira recomendação de tamanha relevância para essa trilha é ir protegido ao sol, com protetor solar e chapéu, pois grande parte do trajeto é exposto à luz solar. Além disso, como em todo trekking, o uso de um calçado adequado, bota de trilha ou tênis com solado aderente, é imprescindível para o seu conforto e segurança.

O ponto de partida da trilha à Janela do Céu é próximo à portaria do parque e é muito importante você estar preparado fisicamente e psicologicamente para caminhar, pois além da grande extensão, há também boas subidas, mas sem grandes dificuldades técnicas e com toda a certeza, os cenários compensarão todo o seu esforço. Assim como o Circuito das Águas, o Circuito Janela do Céu é uma rota circular, também conhecido como “Volta ao parque”, ou seja, você pode ir e voltar pelo mesmo caminho, fazer por completo ou até mesmo, fazer o percurso inverso do que citaremos aqui abaixo.

Os primeiros 4km são somente de inclinação e durante essa “subidinha puxada”, chega-se ao Pico do Cruzeiro e logo ao lado, a Gruta da Cruz, as duas primeiras paradas. Se você der sorte com a previsão do tempo e o céu estiver limpo, será possível desfrutar de uma boa vista no alto do Cruzeiro.

Pico do Cruzeiro, Parque Estadual do Ibitipoca – MG | Foto: Evandro Rodney

As Grutas
Depois de tanto subir e chegar ao topo de altitude da região, começa algumas descidas intercaladas e bons atrativos vêm a diante, a Gruta dos Três Arcos é o próximo deles. E o seu objetivo final, a Janela do Céu, está a apenas 2.855m.

Depois do Pico da Lombada, são mais 1,4km de descida até uma bifurcação que leva à Gruta dos Fugitivos e à Gruta dos Três Arcos. A Gruta dos Fugitivos é escura e é essencial entrar com lanterna, recebeu esse nome porque lá dentro encontraram ruínas de um antigo quilombo de escravos, constatando que o local servia de refúgio a eles; ela possui um enorme salão e ao atravessá-la, saímos em uma pequena floresta que da acesso à Gruta dos Três Arcos, que tem um formato peculiar, com três arcos que circulam o salão principal e, por isso, é bem iluminada, não sendo necessário o uso de lanterna para explorá-la.

Gruta dos Três Arcos – Parque Estadual do Ibitipoca – MG

Janela do Céu

Localizada no Ribeirão Vermelho, a Janela do Céu é o topo de uma sequência com sete quedas d’água que correm por degraus, formando um mirante com “borda infinita” que rende bons cliques e lembranças. Por ser muito alto e escorregadio, é indispensável cuidado ao ser fotografado; atualmente, no local há uma placa escrito “Não ultrapasse, área de risco” até o limite de onde é permitido chegar.

Depois da última gruta citada, percorremos mais alguns tantos metros de descida até uma placa: Janela do Céu – 393m. Antes de chegar ao mirante, há uma escadaria de madeira e em dias em que o parque fica mais cheio, como sábados, domingos e feriados, certamente você pegará uma fila para conseguir aqueeela bela foto. Mas, depois de tanto viajar e caminhar, vale a pena esperar.

As águas características dos rios de Ibitipoca possuem uma coloração avermelhada, resultado da decomposição de folhas, o que deixa o visual e as fotos ainda mais elegantes.

As águas avermelhadas características do Parque Estadual do Ibitipoca.

A Cachoeirinha
Após andar mais alguns minutos depois da Janela do Céu, chegamos à Cachoeirinha, uma queda d’água de aproximadamente 35m de altura, com um poço raso, formando uma espécie de “prainha”. Primeiramente, você chegará à parte de cima da cachoeira e o cânion por onde ela deságua, depois é só seguir mais um pouco até a trilha de descida para a parte baixa.

Apesar das águas de Ibitipoca serem absurdamente geladas, a Cachoeirinha é um lugar encantador e merece uma parada, para recuperar as energias e se refrescar um pouco antes de continuar sua jornada de retorno.

Cachoeirinha – Parque Estadual do Ibitipoca, MG | Foto: Mariana Ambiel
Cachoeirinha – Parque Estadual do Ibitipoca, MG

Até esse ponto, os principais atrativos do percurso foram concluídos com sucesso, mas ainda há algumas pernadas até o fim da trilha, que encerra-se no estacionamento do Parque e antes disso, há a Prainha, que é o fim deste circuito, mas que marca o início do Circuito das Águas, que poderá ser feito no dia seguinte.

O percurso é cansativo, mas por tudo o que você conhece em apenas um dia vale muitíssimo a pena! (;

Gostou? Compartilhe com seus amigos em suas redes sociais!

Abrir bate-papo
Avohai Ecoturismo
Olá
Podemos ajudá-lo?